Para
exemplificar a modernização do sertanejo, podemos pegar como base a revolução
industrial, que, se resumida foi uma mudança do trabalho artesanal e rústico
para o uso de máquinas e serviço assalariado. No sertanejo de raiz tínhamos
mais simplicidade, sem total foco em realizar sucesso nacional e com tecnologia
inferior em relação aos dias atuais, dificultando o contato do
cantor/compositor com o público em geral. Já com a criação do sertanejo
universitário (coincidentemente ou não) veio a tecnologia, com novos
computadores, redes sociais, e com isso possibilitando contato mais fácil com o
consumidor. Assim, para envolver o gosto do ouvinte, vieram as músicas de
ostentação, focando no que na verdade a maioria das pessoas não podem ter, mas
que acabam captando o estilo dito nas músicas para si, justamente visando serem
aceitas no ambiente em que estão envolvidas.
Sobre os
requisitos necessários para ser reconhecido como um cantor sertanejo
universitário, a mudança foi total se compararmos com a raiz do gênero, que
focava apenas na simplicidade de um interiorano com chapéu, camisa xadrez e
bota. No estilo atual, ter um bom corpo, algumas tatuagens espalhadas pelo
corpo, camisa colada e um corte de cabelo são aspectos importantes para se
obter sucesso. Porém, a padronização e a facilidade de ingresso para cantores
acabam tirando rápido quem está no sucesso. Se Chitãozinho & Xororó, Sérgio
Reis e Tonico & Tinoco estão eternizados, ídolos da atualidade como Luan
Santana e Lucas Lucco estão trabalhando incessantemente no marketing, de modo
que consigam ficar no pódio e não serem ultrapassados por outras novas
“celebridades”.
Por Danilo Martins
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