terça-feira, 29 de setembro de 2015

O Segmento Sertanejo na Mídia





















O Rádio é o pioneiro em levar a música caipira sertaneja nos quatros cantos do mundo, os conceitos culturais e reflexivos que ele nos traz ao ouvir algo que não podemos ver, mostra outra forma de se enxergar: os sentidos são aguçados quando despertados pelo sentimento, e essa é a essência da musica sertaneja.

Em 1930 o segmento sertanejo já existia, porém, só nos anos 70 é que um pouco mais de sal foi adicionado, o que deu um up no processo de espalhar a música por todo o país. As revistas Som Verde, da Editora Som Verde, Viola Sertaneja, da Sbim Editora, e Violão e Viola Sertaneja, da Imprima Comunicação foram lançadas em 1979 em São Paulo e pela primeira vez surgiam publicações especializadas em músicas sertaneja. Nessa mesma época as emissoras de rádio começaram a preencher seus horários com programas de músicas sertaneja. Havia apenas quatro emissoras de rádio AM em São Paulo (Record, Globo, Bandeirantes e Gazeta) que tocavam exclusivamente música sertaneja, há quem afirme que em alguns dias tinha 24h de músicas sertaneja. Depois do grande sucesso no rádio, a  TV  se aproveitou desse momento de expansão do segmento e as emissoras Cultura, Record, Gazeta e Bandeirantes também começaram a apresentar programas sobre o universo sertanejo. Na década de 80 houve uma estrondosa repercussão, e foi aí e tudo começou de verdade.

A comercialização massiva do sertanejo teve seu grande momento dos anos 80 até a metade dos anos 90. A população viveu e registrou o grande momento do consumo da música sertaneja que até então era conhecida como "caipira", e depois desse período tornou-se música urbana de qualidade, virando tema de novelas Globais em horários nobres, ocupando vários espaços de comunicação no País, e se destacando com os discos mais vendidos no Brasil. Você pode até não ter nascido na época, porém, tenho certeza de que conhece várias das músicas mais vendidas, e deve até saber a letra de algumas delas. Vai dizer que nunca ouviu “Fio de Cabelo “ com Chitãozinho e Chororó?

Com tudo isso podemos mostrar que a industrialização Cultural e a mídia foram indispensáveis no processo de formação de um público-alvo para o segmento. A informação veiculada em grande escala traz sim um grande impulso para a influência das normas e práticas sociais. Isso significa que atualmente a rádio continua sendo de muito importância para divulgar a música sertaneja, principalmente para as classes C e D, pois elas não possuem condições financeiras suficientes para consumir constantemente a enorme variedade de CD's e DVD's que o mercado não para de produzir. É nas rádios que eles encontram uma maneira de pedir suas músicas preferidas. Também no interior o rádio continua sendo a preferência dos ouvintes de todas as classes sociais que buscam a música sertaneja. É uma tradição cultural que se mantem viva e em pleno vigor.

Os mais jovens, do interior e das grandes cidades, tem na internet a possibilidade de baixar alguns dos álbuns das suas duplas preferidas gratuitamente. Mas este assunto fica para nossa próxima conversa, cumpadi. Por enquanto deixe aqui seus comentários e não esqueça de nos visitar na sua rede social favorita.


Por Sheyla Quezado

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